terça-feira, 29 de setembro de 2009

DIAGONÓSTICO SOBRE A UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO : MUSEU DO ALEIJADINHO – E.A.

Aspectos Historicos

O Museu do Aleijadinho funciona na Escola de Arquitetura desde de junho 1988. O local onde ele funciona atualmente já serviu de espaço para esporádicas confraternizações entre funcionários da faculdade. E após a chegada das obras, teve esse hábito definitivamente extinto. Originalmente planejado para ser utilizado como passagem, o ambiente desempenha bem essa função até hoje.
As mais de 10 peças de gesso que representam réplicas das esculturas de Aleijadinho foram confeccionadas pelos próprios alunos da faculdade durante uma aula de Plástica. E antes de ser fundado o museu, ficavam ao léu em uma sala da escola.
Para receber as obras o espaço não sofreu nenhuma intervenção em sua forma. Apenas algumas luminárias foram instaladas de modo a destacar a presença das obras no recinto. Ainda assim, a impressão que temos ao circular por essa passagem é que as peças brancas estão camufladas em meio a parede de mesma cor.
Atualmente, a idéia do museu parece ter sido abandonada pelo fato da iluminação que foi destinada a ele ter sido desativada, e pelas pessoas que passam pelo local diariamente não enxergá-lo com essa característica.




Aspectos Formais

Conformação espacial

No Museu do Aleijadinho o espaço é retangular e consideravelmente amplo, as formas de acesso são opostas e alocadas nas arestas menores do retângulo. A disposição das obras de gesso induz a uma reafirmação de passagem, uma vez que ocupam somente os cantos mais distantes aos acessos, fazendo com que o centro fique livre para circulação.

Materiais e mobiliário

O Museu diferentemente de seus espaços vizinhos tem o piso feito com taco e a iluminação feita por uma rede de lâmpadas. As obras de gesso com seus suportes são as únicas mobílias utilizadas.

Articulação com os espaços adjacentes

Este ambiente pode ser acessado por duas maneiras, uma delas é por uma porta voltada para entrada do prédio, muito próxima a escada e que quando aberta possibilita uma visão imediata da entrada/saída, do jardim, do auditório e da rua e a outra é por um corredor diagonal que liga o museu ao hall do segundo andar do prédio. Essas duas entradas por sua vez viabilizam o acesso entre a entrada do prédio e as outras salas mais internas da edificação. E assim, o museu que originalmente foi pensado como passagem adquire uma característica de “pseudo-corredor” onde as pessoas muitas vezes não percebem as obras que estão dispostas e o utilizam simplesmente como uma passagem que se liga a outra ou a outros lugares. Questão que ainda é acentuada pela secretaria e pelo gabinete do vice-diretor que tem suas entradas em uma das paredes do museu.





Aspectos Técnicos

- Acústica e sensação térmica eficientes.
- Ambiente bem arejado.
- Durante o dia as lâmpadas ficam apagadas.
- Existem luminárias que favoreceriam a percepção das obras por parte das pessoas que passam pelo museu, porém as mesmas não são utilizadas.
- Os materiais empregados são: Gesso nas paredes, taco de madeira no piso, vidros lisos nas janelas, portas e rodapé de madeira, tinta branca nas paredes e portas.

Aspectos de uso

O espaço onde hoje funciona o museu do Aleijadinho é utilizado unicamente como passagem. Tendo em vista o fator de conexão desse espaço com outros importantes locais do edifício, tanto durante o turno diurno quanto noturno, um número considerável de pessoas utiliza esse espaço com essa finalidade.
Funcionam nesse ambiente 2 escritórios, o que faz com que as pessoas que necessitam de se dirigir a eles passem também pelo museu.
A sala poderia ser muito mais convidativa e atuar não apenas como uma simples passagem. Pelo fato de ser um ambiente espaçoso, bem iluminado, arejado e com uma acústica eficiente, o usuário dessa passagem poderia ser convidado a permanecer nela ou desenvolver alguma atividade no local. Em outras palavras, se apropriar do espaço já que as peças que lá se encontram não cumprem esse papel.

domingo, 27 de setembro de 2009

Treinando o olhar

Perspectiva

Museu do Aleijadinho

Jardim da E.A.

sábado, 19 de setembro de 2009

Photo - Hertzberger e Mon Oncle


Muitas lições de arquitetura

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mapa psicogeográfico topológico




Estratégias do caminhar

Flanêur

Flanêur pode ser definido como o sujeito urbano que diferentemente das outras pessoas que andam pelas cidades, tem a capacidade de observar o espaço em meio à correria e o consumismo, acentuados pela modernização.


Deriva (do Situacionismo)

Segundo JACQUES a deriva seria uma apropriação do espaço urbano pelo pedestre através da ação do andar sem rumo[1]. Ou seja, a partir da necessidade de observar, criar um olhar crítico e então ter a capacidade de modificá-lo.

Parkour (le parkour)

Traduzido, esse termo Frances, significa caminho. Este se trata de um esporte que como requisito principal exige interação com ambiente. Após planejarem o percurso (caminho) os traceurs (praticantes) devem analisar e explorar as melhores condições do espaço em que estão inseridos para obter sucesso no trajeto que planejaram, ou seja, conseguirem concluir o percurso realizando os movimentos de forma natural como se fossem parte do obstáculo que superam, de forma sutil.

Relação entre os termos

Alem da origem francesa esses termos têm em comum o espaço e suas características, todos se baseiam na necessidade de observar o ambiente e de interferir no mesmo. Os dois primeiros através da critica e o ultimo pela ação. Essas formas de caminhar em muito se relacionam com a arquitetura, pois ampliam a visão criativa colocando em questionamento a harmonia do conjunto arquitetônico, a arte e a funcionalidade, o desejo do criador e de quem usufrui, entre outros. Enfim, aspectos importantes para a realização das construções.


[1] JACQUES, Paola Berenstein. Breve histórico da Internacional Situacionista – IS.
Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp176.asp. Acesso em:
29 de agosto de 2009