domingo, 30 de agosto de 2009

Visita ao Museu Inimá de Paula / Exposição: VIK MUNIZ




“Acredito que nem todas as pessoas sejam artistas, mas todas que desejarem ser possuem tudo que o mundo tem a oferecer para que, um dia, elas se tornem. Se eu pude, qualquer um pode.”

Vik Muniz

Surpreendente talvez seja a melhor palavra para tentar elucidar as fotografias das obras de Vik Muniz em exposição no Museu Inimá de Paula. Compostas de materiais variados e distribuídas pelos três andares do museu elas são indiscutivelmente interessantes.
Em um primeiro contato são obras muito simples, pois não se tratam de produtos artisticamente inusitados, ao contrario, em grande maioria são representações comuns, de pessoas, lugares e objetos comuns, algumas até fazem alusão a imagens anteriormente consagradas por outros artistas, aparentemente cópias. Porem a aproximação revela ao público o fantástico das composições de Vik Muniz: o material empregado.
As obras pela sua composição adquirem forma e linguagem própria diferenciando por completo de suas matrizes. Existe uma variedade de materiais empregados, indo de diamantes, passando por materiais comestíveis e brinquedos de crianças, chegando a poeira e lixo. Simplesmente fantástico!
Ainda mais surpreendente são as inúmeras leituras que se deixam formar a partir desta técnica de criação, alem do que é visto existe a mensagem proporcionada pelo conjunto imagem e materiais de criação. Nelas existem crítica, assunto por alem da imagem, que abordam a efemeridade, o desperdício, a discriminação, a hipocrisia entre outros valores.
Entre as obras expostas, encontram-se as de sucatas. Nelas as imagens formadas são de pessoas, em uma análise superficial vê-se uma representação comum, no entanto o emprego de sucata cria uma denotação diferente chamando a atenção para o consumismo exagerado em que toda a sociedade está envolvida e para o excesso de materiais que cada um descarta, ou até mesmo, outros significados, que somente quem vê identifica. Estas obras, em particular, alem do teor artístico e reflexivo, envolvem os expectadores pelas dimensões em que são concebidas, são literalmente obras grandiosas, fator que pode ser observado por um vídeo, também em exposição, que exibe o processo de criação de Vik Muniz.
Enfim, a exposição é realmente muito interessante e composta de uma variedade imensa de obras, cada uma elaborada com um material diferente e com uma visão peculiar do mundo que existe por trás do que exibem e do que cada expectador quer enxergar.

Apresentação 26/08 - Performance

Trupe: Carol, Artur, Rodolfo, Paula, Dani, Karine


Como proposto em sala, o grupo buscou apresentar uma performance que pudesse se relacionar com algum espaço da Escola de Arquitetura. O local escolhido foi o vidro de entrada da escola. Os fatores analisados para a realização da performance foram a translucidez do vidro, o impacto de ser uma entrada de uma universidade publica federal e a realidade de estar inserido ou não neste espaço, incluído todas as expectativas dessas realidades. Com esse propósito a performance envolveu caras e bocas, tintas e muito barulho...

Performance e Site Especific

A performance trata-se de uma apresentação artística que incorpora passivamente os outros tipos de artes, tais como musica, pintura, dança e etc. Sem mensagem explicita, essa permite leituras múltiplas que variam de expectador para expectador. Essa ainda pode se misturar ao site specific – criações que adquirem sentido em determinado ambiente.
Com essa perspectiva torna-se possível relacionar esses termos ao Curso de Arquitetura, observando que o ato da criação de edificações não é restrito e nem definido exclusivamente pelo seu criador ou ainda fechado a um tipo de material, mas que de forma oposta, adquire sentidos diferentes dependendo de quem habita a construção e da forma que é concebida, assim como a inter-relação da construção com o espaço em que é edificada, expressando harmonia ou não.